P – Comparados aos bebês amamentados por mamadeira como se comportam os bebês amamentados ao peito?
R – Alimentar-se é algo que o recem nascido faz frequentemente. Segundo um ciclo de aproximadamente duas horas, os bebês podem mamar até dez vezes por dia. Os bebês podem receber alimentação no peito ou mamadeira. Há muitos argumentos potentes em favor da amamentação no peito, primeiro quanto ao leite materno ser o alimento natural que proporciona significativa proteção para a criança. O bebê recebe anticorpos da mãe que o ajudam a protege-lo contra infecções e alergias, a digestão é mais fácil, têm mais controle sobre a quantidade que ingere, pois é ele que determina a hora de parar, o risco da obesidade é menor, a interação mãe bebê é mais produtiva. Se a mãe não tiver condições de amamentar no peito, a outra opção é a mamadeira, neste caso, ela deverá atentar para o tipo de leite, não deixar que a interação mãe-bebê fique prejudicada, ou seja, procurar estar presente, participar dos cuidados da criança.
P – Por que a subnutrição é especialmente prejudicial quando a criança é bebê.
R – Crianças subnutridas crescem mais lentamente e não ficam grandes. A desnutrição durante os primeiros anos de vida parece ter um efeito permanente sobre algumas partes do cérebro e do sistema nervoso. O sistema nervoso continua a desenvolver rapidamente durante os dois primeiros anos após o nascimento (Lewin, 1975), sugere que o efeito principal é a redução da quantidade de tecido conjuntivo entre cada célula do cérebro. Em consequência, o córtex não se torna tão pesado. Se a criança recebe alimentação melhor durante esses primeiros anos, ela parece capaz de recuperar o desenvolvimento cerebral, mas se a dieta continua ruim durante os dois primeiros anos ou mais, os efeitos parecem permanentes.